O arranque do Guimarães não foi aquele que os seus jogadores e adeptos queriam. Mas as explicações - ou pelo menos as mais importantes - terão de ser encontradas numa segunda parte de nível muito inferior à primeira e também ao resultado das alterações feitas pelos dois treinadores. Daúto Faquirá conseguiu melhorar a produção da sua equipa, Manuel Cajuda viu as mudanças manterem, ou em alguns casos, piorarem o que já não estava bem.
No encontro inaugural da Liga Sagres, Guimarães e Setúbal repetiram o resultado da época passada, também em jogo referente à primeira jornada e disputado no D. Afonso Henriques, embora com uma vertente diferente: as duas equipas foram claramente mais arrojadas e estiveram mais inspiradas. Ontem, o Setúbal entrou em campo com uma postura retraída, dando a iniciativa ao adversário e mostrando consciência de que não tinha capacidade de discutir o jogo pelo jogo.
Um medo que os minhotos "sentiram" e, desde muito cedo, tentaram aproveitar através daquilo que tão bom resultado deu no ano transacto: futebol flanqueado, trocas de bola permanentes - alicerçadas numa grande mobilidade dos jogadores mais avançados -, pressão alta e velocidade no ataque à baliza de Bruno Vale. Se os sadinos entraram receosos, mais o ficaram com esta entrada dos donos da casa.
Muito lentos, incapazes de acertar nas marcações, inofensivos no ataque, os forasteiros tinham em Leandro Lima um timoneiro sem auxiliares. E para se dar uma ideia do estado de espírito do Setúbal, basta dizer que aos 17', quando beneficiaram de um canto, o jogador que o marcou demorou uma eternidade a chegar à bandeirola. Os vimaranenses dominavam, mas com o passar do tempo pareceram começar a ficar ansiosos com o não aparecimento do golo.
Tiveram várias oportunidades para o fazer, mas esbarravam entre alguma eficácia defensiva adversária e alguma precipitação própria só o conseguindo a poucos segundos do intervalo. Fajardo e Andrezinho construíram o lance para Douglas o concluir de forma fácil. O golo espevitou os forasteiros e pareceu tolher os movimentos aos locais. Sob a batuta de Bruno Gama, o Setúbal assumiu, finalmente, que não tinha nada a perder.
Passou a jogar de igual para igual, a colocação em campo melhorou e o Guimarães começou a "baralhar-se". Se Faquirá colocou, e bem, em campo Carrijo e Bruno Ribeiro, já Manuel Cajuda pareceu ter sido infeliz quando decidiu trocar Marquinhos por Wênio e Douglas por Jean Coral. Elias, aos 82' empatou, e deu corpo ao que se tinha passado após o intervalo...
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