Festa pobre, actuação sem brilho. O Belenenses, versão 2008/09, apresentou-se ontem aos seus sócios numa gala pouco dada a grandes coreografias mesmo no que toca ao futebol ontem praticado pelos azuis do Restelo. No seu último jogo antes da entrada em competição - a Taça da Liga é já no próximo fim-de-semana, ante o Covilhã - os pupilos de Casemiro Mior voltaram a dar uma pálida imagem do seu valor e só não saíram vergados a uma derrota mais expressiva porque, simplesmente, o guardião Júlio César não quis (defendeu outro penálti, desta vez de Tamudo).
Mais do que os golos sofridos - o segundo deixa sérias dúvidas por ter sido precedido de uma mão de Tamudo, autor do golo -, importa destacar a "ausência" de uma equipa, muito pouco oleada e a precisar, urgentemente, de alma renovada. Não só em termos de mecanização entre os sectores, como também de... jogadores.
É que muitos dos reforços pouco ou nada revelaram de positivo, Marcelo foi dos poucos a revelarem bons pormenores (entre eles uma assistência de bicicleta), embora se tenha revelado perdulário, enquanto a dupla de centrais dá a sensação de carecer de afinação. Certo é que o tempo urge e a "máquina" não dá sinais de querer carburar. O próprio Silas, no fim do jogo, colocou o dedo na ferida: há desequilíbrios num plantel que está, em princípio, fechado.
Como atenuante, a maioria dos reforços apenas foi utilizada no último quarto de hora de jogo quando o resultado já estava em 0-2. Aliás, entre um golo anulado, uma mão traiçoeira e um penálti falhado, só mesmo um triunfo assentaria à equipa de Luis García (o tal que o Benfica queria), o qual revelou, ontem, porque é craque!
Filipe Cruz
Sem comentários:
Enviar um comentário