Mateus deu ontem algum brilho a um jogo que de amigável teve pouco (leia-se a atitude reprovável de Sandro, após a agressão de Bolívia). Na verdade, a criatividade e a visão de jogo do brasileiro marcaram pontos e abriram brechas na estrutura navalista, que se revelou, inclusive, incapaz de travá-lo no lance que ditou o único golo do apronto. A classe de Mateus foi bem evidente, e por ele passa todo o "carrossel" ofensivo da equipa.
Vai ser, de facto, uma saudável preocupação para Daúto Faquirá encaixar dois jovens talentos, como são Mateus e Leandro Lima (que ocupam, precisamente, idêntica posição), no mesmo onze.
Aparte este problema, o conjunto vem dando sinais de algum entrosamento, aos quais ainda vai faltando a devida correspondência ofensiva no capítulo da finalização.
Laionel e, sobretudo, Saleiro dispuseram de pouco espaço para rematar, e só mesmo Mateus é que conseguiu ludibriar a oposição de Jorge Baptista. Quanto à Naval, dispôs logo a abrir de uma soberana oportunidade para se colocar à frente no marcador, mas Marcelinho, da marca de grande penalidade, permitiu a defesa ao guarda-redes sadino Bruno Vale.
Daí para diante, a equipa de Ulisses Morais como que cumpriu o seu papel de opositor "chato": agressividade na zona intermediária e poucas soluções ofensivas. Só Tiago, um defesa, se atreveu a rematar, e mesmo assim… mal. O recomeço ficou indelevelmente marcado pelo episódio protagonizado entre Sandro e Bolívia. A partir daí, os jogadores preferiram resguardar-se, e o jogo de substituições que se seguiu também teve reflexos na produção negativa de ambos os conjuntos...
Filipe Cruz
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