Uma entrada de guerreiro valeu ao Braga a segunda vitória no Torneio que realizou, insuficiente, contudo, para assegurar o primeiro lugar, porque o FC Porto não vacilou nos penáltis dos dois jogos. Antes de o relógio atingir os 10 minutos já a equipa de Jorge Jesus vencia por 2-0 um Leixões demasiado apático, talvez preso ao trauma de uma pré-temporada em que ainda só conseguiu vencer um jogo.
O Braga foi empolgando os adeptos com um futebol rápido e jogado ao primeiro toque, com Luis Aguiar a assumir as despesas do ataque e a servir Linz e Meyong, uma dupla que já revela bom entendimento e que promete fazer estragos em muitas defesas ao longo do campeonato. E ainda há Renteria a chegar e Paulo César, lesionado, na expectativa. Alan deu profundidade e velocidade sobre a direita e ainda sobrou Mossoró para as transições.
Em resumo, Jorge Jesus tem uma espinha dorsal quase definida para jogar em 4x4x2 e muitas alternativas que lhe garantem a mesma qualidade: Wender, César Peixoto e Jorginho, por exemplo, só entraram na segunda parte, mantendo o nível de circulação de bola. A dupla vantagem levou a um inevitável abrandamento do Braga e aos primeiros sinais de insatisfação do Leixões, com o já inevitável Chumbinho - o reforço que melhores indicações tem dado - a marcar o ritmo.
O acompanhamento é que não foi o melhor e os homens de Matosinhos chegaram ao intervalo quase sem assustar Eduardo. A excepção foi um livre directo de Castanheira. José Mota aproveitou o descanso para trocar grande parte dos jogadores e também de sistema. A música foi outra: Diogo Valente e Zé Manel deram maior largura ao jogo e outras preocupações defensivas.
O Leixões subiu de produção e foi-se encostando à baliza de Kieszek até conseguir, depois de algumas tentativas, reduzir o marcador, numa recarga oportuna de Diogo Valente. No minuto seguinte, Meyong sofreu uma falta na área contrária e, na conversão da respectiva grande penalidade, repôs a diferença, acabando de vez com a reacção dos convidados.
Até ao final, o Braga esteve sempre mais perto de ampliar, mas Orlando Sá foi, por duas vezes, muito lento a decidir, perdendo tempo de remate...
Filipe Cruz
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